sábado, 18 de abril de 2009

Homem Vitruviano


O belo e as formas perfeitas é algo que o Homem valoriza desde a Antiguidade  e a Matemática é um saber que vem sendo construído acompanhando a evolução da humanidade. É uma ciência presente, de alguma forma, em todas as outras, contribuindo de maneira relevante no processo de desenvolvimento da sociedade. 

Nesse contexto, a busca pelo belo e pela perfeição, os estudiosos deparam-se com o número Phi,  também denominado Número de Ouro ou Número Áureo, representado pela letra grega  Φ  ( phi )  (lê-se fi), em homenagem a Phideas (séc.V a.C.), cujo valor é 1,618033988749 .  . , o qual arredondamos para 1,618.  Phi é a raiz positiva  da equação  x2 – x – 1 = 0 .

Encontramos  várias ocorrências do número Phi na natureza.

No corpo humano, ao determinarmos o quociente entre as dimensões abaixo, obteremos um valor aproximado ao número Phi.

§                     A altura do corpo humano e a medida do umbigo até o chão.

§                     A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça.

§                     A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax.

§                     A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo.

§                     O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta.

§                     A medida da dobra central até a ponta dividido e da segunda dobra até a ponta.

§                     A medida do seu quadril ao chão e a medida do seu joelho até ao chão.

§                     A medida do cotovelo até o pulso e a medida do seu pé

Na população de abelhas:  a população entre abelhas fêmeas e machos em qualquer colméia.

Na Arte,  a proporção áurea foi muito usada, em obras como O Nascimento de Vênus,  quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Esta proporção estaria ali aplicada pelo motivo do autor representar a perfeição da beleza.

Em O Sacramento da Última Ceia de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na história da arte renascentista a perfeição da beleza em quadros foi bastante explorada com base nesta constante. Vários pintores e escultores lançaram mão das possibilidades que a proporção os dava de retratar a realidade com mais perfeição.

Em “A criação do Homem”,  de Michelangelo que ilustra o teto da Capela Cistina, em Roma,  falange, a falanginha e a falangeta do dedo indicador têm comprimentos que estão na proporção áurea.
       A Mona Lisa de Leonardo da Vinci utiliza o número áureo nas relações entre seu tronco e cabeça, e também entre os elementos do rosto.

Na  Literatura, o número de ouro  está presente de forma mais notável  no poema épico grego Ilíada , de Homero , que narra os acontecimentos dos últimos dias da Guerra de Tróia. pois existe a proporção entre as estrofes maiores e as menores, resultando num valor aproximado a 1,618, o número de ouro.

Em Os Lusíadas, Camões divide a obra na razão de ouro no ponto em que anuncia a chegada à Índia.

Através do conhecimento da relações que regem o corpo humano, Da Vinci criou o Homem Vitruviano, que representa a maior parte das ocorrências do número Phi no em nosso corpo. É usado como referência de estética, de simetria e proporção. Nessa ilustração (figura acima),  a área total do círculo é idêntica à área total do quadrado.

O Homem Vitruviano transformou-se em um ícone de beleza e estética até os nossos dias. Esse conceito de proporção humana influenciou a estética de muitos pintores, arquitetos e engenheiros. Muitos dos prédios “clássicos” que viriam a definir o estilo europeu ocidental foram construídos influenciados por essas idéias de proporção.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/


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